O BUDA

         Siddhartha Gautama  सिद्धार्थ गौतम  era um jovem príncipe do século VI, nascido em Lumbrini, atual Nepal, e que vivia dentro de uma dinastia de reis ricos, na  antiga Índia. O  jovem príncipe vivia próspero e resguardado  pelas leis da realeza. Naquela época, ele era um jovem de 29 anos,  forte, inteligente e cheio de  expectativa de vida. Ele era um jovem diferente e inocente.       
          Nas comemorações do nascimento de Siddhartha, um eremita Asita, em suas previsões, anunciou que ele seria um grande rei, porém, um rei santo.  Siddhartha não conhecia as amarguras da vida e nem os ensinamentos religiosos, porque seu pai (Suddhodana) o mantinha distante dessas realidades, para "protege-lo" das previsões do eremita, afim de que ele o sucedesse, como rei, no futuro.  Apesar de seus esforços, o rei, não conseguiu mantê-lo escondido do mundo por muito tempo. 
          Siddhartha  teve quatro visões que transformaram sua vida, definitivamente.
Essas visões abriram os seus olhos para a situação da realidade espiritual do seu povo, e a condição humana  fez com que ele se voltasse para o seu próprio interior. Seu questionamento era saber o que era o sofrimento.  Dentro de sua alma, muitas perguntas não queriam calar, tais como: Por que as pessoas adoessem? Por que elas envelhecem e morrem?  Essas questões tornaram-se desafios para Siddhartha.
Na verdade, Siddhartha sentiu que algo acontecera em seu coração. Ele despertou para o Amor e descobriu que todos nós fazemos parte de um todo, e o quanto somos ligados, espiritualmente, uns aos outros, nesta caminhada; o quanto é importante iniciarmos um trabalho de auxílio a todos que precisam, sem distinção de classe social, credo ou cor.
          Uma nova caminhada se iniciou para Siddartha, em busca da verdade, ao alcançe do equilíbrio e do Nirvana.  Ele praticou os ensinamentos de dois velhos eremitas professores e, com isso, dominando a prática, alcançou um alto nível de conciência meditativa,  recebendo  através da meditação, informações importantes a respeito da vida, do amor e da luz; mas ele queria ainda mais! Sua alma ainda estava insatisfeita com as respostas, então, uniu-se a outros cinco amigos ascetas, também buscadores da verdade, intensificaram a prática e utilizaram a automortificação como princípio básico para a iluminação. Obviamente que, com essa atitude, quase que Siddhartha desencarna de fome. Fragilizado, o príncipe de Deus, cai em um rio; sentindo o frescor da água e suprindo sua sede, Siddhartha reavalia seus conceitos e descobre que "se esticarmos demais a corda de um violão, ela pode arrebentar e inutilizar o violão, e se afrouxar demais, ela não conseguirá tirar o som desejado do instrumento".